sábado, 16 de dezembro de 2017

Martha

Não sou do tipo que chama atenção pelo porte físico ou coisa parecida. Já passei dos quarenta, meus cabelos me abandonaram há uns 07 ou 08 verões e minha protuberante barriga denota o grande sucesso que tive na arte de comer e beber. Minhas rugas procedem da total falta de credibilidade em protetor solar  (esse troço não é coisa de homem sério!) aliada a centenas de noites que fiquei se dormir na expectativa de não ir para casa sozinho. 

Bom. Esse sou eu. Ainda bem que para caras como eu (pôrra! Tem um monte desses pôr ai) existem os desmanches. O que é um desmanche? 
Bem, na mesma proporção de caras como eu, existem mulheres com características semelhantes. Se não são carecas, tem cabelos mal cuidados, se a barriga não é tão grande quanto a minha, tem lá aquela coisa instalada ali na frente. Ruga então?! Puta que o pariu! Não quero falar disso. Voltando ao assunto, um desmanche é um local onde se tem música, bebida, um globo vagabundo rodando no teto, banheiro mal cuidado, etc. O local tem que ser escuro porque, sinceridade: Com muita luz acho que ninguém "pegaria" ninguém. 

A balada que sempre vou (não vou chamar de desmanche as mulheres se ofendem pois a quem diga que esteslocais tem estes nomes porque as "princesas" que  freqüentam o local desmancham em um toque) fica perto da minha casa, pois não tenho carro e, se arrumo alguma coisa dá para ir a pé até o meu apartamento. 
Coloquei minha roupa de passeio,  quinzão no bolso (cinco para entrar e o resto para beber e comer um cachorro quente na hora de ir embora) e fui para a caçada. Dancei forró, pagode, lenta (não sei nem como se chama hoje em dia estas músicas de se dançar juntos eu falo lenta e acabou!) como umas dez mulheres diferentes. 

Já passava das quatro da madruga, eu já num prego do cacete, achando que ia Ter de acabar mais uma noite sozinho, deparei-me com uma gata. 
Não fui agraciado com beleza mas...papo... bom. Papo eu tenho. E como!!! Aproximei -me. Era um loira com uma calça preta com listas amarelas (estas calças de ir em academia) uma bota que imitava coro de cobra, um salto bem alto, o cano da bota ia até os joelhos o que dificultava um pouco os movimentos da "mocinha". Sua blusa era toda cheia de umas coisas brilhantes (não sei o nome destes troços) bem vermelha. Não sei se é moda, mas, tudo bem, eu não tava procurando ninguém para ser modelo e sim tirar o meu atraso. 

Encostei do lado e comecei a jogar meu charme. 
Nem precisei conversar muito. Cinco minutos de conversa e já aceitou ir até minha casa. Eu também aceitaria no lugar dela pois, o primeiro ônibus que ia  até a direção da sua casa só passaria a partir das sete horas. Fomos caminhando até meu apartamento. Quando passávamos por luzes fortes podia ver com mais clareza seu rosto. 

Amigos: 
Se você tem menos de dezesseis anos e ou  estômago fraco aconselho interromper a leitura a partir deste momento  pois daqui para frente a coisa começa a ficar quente. 

Tinha mais rugas que meu saco, já não sabia se era loira ou morena. Quero dizer era morena pois o cabelo estava  do ombro para baixo loiro e para cima moreno. Segundo ela, a próxima grana que ganhar de diarista vai dar um jeito no cabelo. 
Sinceridade: A dona era até gostosa mas feia pra caralho mas, porra! Eu não queria ela para bater foto, além do mais não aguentava mais ficar só na punheta. Precisava comer uma mulher, nem que fosse ela. Abri a porta do meu apartamento e já fui beijando e socando a mão em tudo quanto é lugar, aí, como toda mulher faz, começou - Para com isso! Que é que vocë tá pensando!? - Tudo bem.. Todos nós passamos por isso, até as feias tem direito àquelas frescuras do início. 

Dei mais um beijão e já coloquei a mão no bolso e peguei umas balas. Compreensível: Quatro horas da manhã, fumando, bebendo, qualquer um fica com  bafão na boca. Como toda mulher que você põe no carro ou leva para seu apartamento (até as feias são assim!!) já começou com aquele papinho - Acho que está na hora de ir embora -  Puta que o pariu, a gente tem que passar por isso. 

Tudo bem, tô ali de pau duro prontinho e tem que Ter esta fase!! 
Bom fiz minha parte: Conversava um pouco, beijava um pouco, passava a mão, pegava a mão dela  e colocava em cima da minha calça, sabe como é, todo aquele ritual básico. Passados longos dez minutos desta interminável lenga lenga, a Marta (este não é o nome real ), deixou eu tirar sua blusa. 
Quando tirei a blusa encontrei um enorme  obstáculo: estas cintas que apertam o corpo para tampar um pouco a gordura. Tirei aquele troço. Meu Deus!! 
Acreditem: O cheiro que saiu dali de baixo, se minha tara não fosse do tamanho do Pão de Açúcar, eu teria brochado, mas achei até compreensível afinal, ficar a noite toda dançando com aquele negócio quente enrolado no corpo, não podia dar em outra coisa. 

Passados uns cinco minutos meu nariz já havia se acostumado com o cheiro. Pra quem já tinha beijado a boca fedendo a cigarro, um CC não ia  matar. 
Tirei o corpete (foi assim que ela chamou o negócio) e comecei a chupar os peitos. Tava meio salgado, quero dizer, tava bem salgado, mas, vamos lá, era para comer mesmo! Que mal tinha estar temperado?!?!  Fiquei ali chupando aquela coisa flácida por uns cinco minutos até que finalmente a Marta pegou no meu pau. 

Tinha, finalmente, quebrado a barreira entre o - acho que vou embora e o acho que vou te dar . 
Começamos então a fase final. Ela com a mão no meu pau e eu com a mão na sua xoxota (fica bonitinho este nome!!). 
Não deu dois minutos de dedinho e já veio com aquela outra famosa - Eu quero! Eu quero! - como se não quisesse desde o começo mas, tudo bem, respeito. Se não respeita, fica com fama de insensível e...bom, deixa para lá, vamos ao que interessa. 
Como todo bom cavalheiro, tirei a mão de lá e coloquei no nariz para "reconhecer o gramado". 
Sinceridade: Minha sorte que meu pinto não tem nariz, se tivesse acho que não encararia a parada. 
Começamos a nos despir.

Fui abaixar sua calça e me deparei com as botas: Preciso comentar do cheiro que saiu de dentro das botas??? Se tivesse lugar, poderia jurar que ela escondeu um gato morto em cada pé. 
Pensei em dar a primeira tomando um banho, talvez melhorasse um pouco as condições. Fomos até o banheiro e, para variar, estava sem água. paciência: Tava louco para dar uma trepada. Meu pau já tava ardendo, as bolas começando a doer.... 

Comi ali mesmo dentro do banheiro (Sim. Usei camisinha!!!). 
Comecei sentado na privada, depois encostei a Marta na parede do banheiro e peguei ela por traz. Pra não gozar muito rápido, fiquei contando quantas bolas de celulite ela tinha na bunda. Quando chegou na vinte e cinco, ela pediu para mudar de posição, eu estava tão empolgado com a minha estatística que nem percebi que ela batia a cabeça na parede com força e acho que já tava machucando. 
Fomos para o corredor do apartamento (no banheiro não tem espaço para ficar deitado). Dei umas bombadas ali e fomos terminar na cama. 
Dei aquelas gozadas de arder o canal.. A Marta disse que gozou três vezes!!! (quem será que está mentindo eu ou a Marta???) Depois que gozei, tirei a camisinha, dei aquela conferida para ver se estavam todos ali, amarrei a ponta e joguei no lixo. 

Entrei então naquela parte conhecida pelos homens como o cúmulo da eternidade (Cúmulo da Eternidade: Os minutos  entre  depois que você goza e a  hora em que você leva a mulher embora). 
Sinceridade: Com pinto mole não há a menor possibilidade de encarar a Marta!!! 
Já nos preparativos finais para ir embora  disse que estava com fome. 

Meus quinzão já tinham ido para o espaço (As balas não foram de graça!!). Perguntou se não podia pedir uma pizza ou comer um cachorro quente. 
Para não ficar feio para minha cara, ofereci-lhe para fazer algo para comermos. - Nossa que romântico!!!- Pronto! 
Só faltava a baranga achar que gostei dela!!! 
Fucei os armários e achei um Miojo. Na geladeira tinha uma destas latas de molho pronto de tomate que fazia uma semana que estava lá. 

Fiz a gororoba. Tinha uns dois ou três tomates que só parti em quatro  e coloquei junto para tirar aquele ar de anemia do prato. 
Sentamos e comemos. Comi pouco, a Marta acho que fazia uma semana que não comia. 
Não deveria Ter colocado aquele molho. A Marta comeu um monte e começou a passar mal. Ficou com dor de barriga. Fiquei com um pouco de dó dela. 

Dar uma cagão na casa de alguém que você acaba de conhecer, não é o "sonho" de nenhuma mulher. 
Lá foi a Marta . Quase seis horas da manhã, nenhum barulho na rua, a porta do banheiro não fecha direito. 
Sinceridade: Nunca uma mulher tinha ido ao banheiro perto de mim (para cagar!) e logo na estréia tive direito a show de efeitos sonoros. 

Aquele barulho de quando você acelera uma motoca velha, denunciava e forma "lïquida" que a coisa tava vindo. 
Minha TV queimada, o rádio meu irmão havia pego emprestado. Tive que ouvir a sinfonia do começo ao fim.
Ouvi quando ela tentou puxar a descarga (estava sem água, lembra???), quando tentou abrir a torneira para lavar a mão, ambos sem sucesso. 
Veio então nossa heroína daquela batalha que achei não Ter mais fim. Foram quinze minutos de barulhos de motoca e de água escorrendo. 
Ela saiu do banheiro deixando lá toda a sua obra, deu uma cheirada na mão, esfregou-as e me abraçou. 
Eu sabia que o cheiro que eu estava sentindo era do banheiro mas, eu tinha a sensação de que  vinha da sua boca. 
Dei-lhe minhas últimas balas. Aquelas mãos passando em meu rosto como quem quer fazer um carinho, não sei quanto tempo poderia aguentar. 
Pegou no meu pau de novo, viu que estava mole e disse: - Vou levantar o bebê de novo. (bebê???) Abaixou minha calça e começou a me chupar. 
Sinceridade: Uma boquete é sempre uma boquete.

O danado mesmo com todo aquele cheiro de enxofre no ar (ele não tem nariz, lembra???) ficou em pé de novo.
A moça então resolveu escancarar: 
Começou a fazer um streap (nem sei escrever isso!!). 
Preferia a boquete mas, tudo bem, vamos respeitar o ritual, para não parecer insensível. 
A sala estava meio escura e ela, achando que estava realmente me agradando com aquelas incontáveis bolas de celulite (tinha parado na 25 lembra???), acendeu a luz. 
Quando tudo ficou mais claro olhei para aquela bunda e pensei: Puta que pariu, a gorda tem um monte de espinha na bunda para ajudar. 
Na verdade  para meu espanto ou alívio (já não sabia mais o que pensar) não eram espinhas. Eram algumas sementes do tomate que coloquei na macarronada. A desinteria deve Ter escorrido por toda sua bunda e papel higiênico não limpou tudo que podia e elas ficaram por ali grudadinhas. 
Peguei minha cueca, dei uma cuspida, limpei em volta e comi a Marta de novo. 
Sete horas da manhã a Marta pegou o ônibus e foi embora. 
A água voltou as dez horas. 
Não quero mais tocar neste assunto.

sábado, 16 de setembro de 2017

Comunismo x Família

Uma das causas do fracasso do regime comunista na história recente é a contradição entre seus princípios e a estrutura sobre a qual se apoia a humanidade, ou seja, a família.

Senão, vejamos: o comunismo pressupõe o rompimento de toda e qualquer estrutura hierárquica que contenha o escalonamento de tarefas e responsabilidades, tornando o Estado uma ficção e um elemento ilustrativo apenas para servir de antítese à gestão da sociedade por si mesma, através de um grupo de benfeitores desinteressados e altruístas.

Mas se analisarmos estruturalmente e fizermos uma comparação entre a estrutura familiar e a estrutura social, veremos que o modelo é o mesmo. De um lado, pai e mãe administram o lar e orientam, alimentam e conduzem o grupo, filhos e os próprios pais. De outro, o Estado como pai/mãe, controlando e mantendo seus filhos/cidadãos.

Os modelos sociais sempre foram paternalistas/matriarcais, mas sempre seguiram o modelo familiar.

A falha da teoria de Marx está justamente no ponto em que tenta, através de milhares de maneiras, corromper a família como unidade nuclear de todo arranjo social. Quer seja atacando os valores religiosos, morais, educacionais, cívicos, etc. E muitas dessas tentativas são antíteses em si, pois defendem a liberdade do ser humano ser o que bem lhe aprouver, tentando distanciá-lo da família, mas ao mesmo tempo impondo e negação ao individualismo, princípio básico do socialismo. Quer seja estimulando o ser humano a se rebelar contra a "opressão e exploração da família".

Coisas como gayzismo, ateísmo, liberdade de expressão acima de tudo, supervalorização das minorias sociais, ideologia de gênero, erotização infantil, pedofilia, zoofilia, são estratégias contraditórias com o objetivo de atacar e destruir a família.

Apenas esquecem os arrogantes comunistas que a estrutura familiar está dissociada de qualquer sistema social, pois ela tem uma base inatingível, que é a necessidade inata do ser humano de pertencer a um grupo que o proteja e que dê sentido à sua vida, afetiva e historicamente.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Tucandeira x Tocandira

Vocês que assistem aos documentários dos canais por assinatura, já devem ter ouvido falar da terrível dor provocada pela picada da formiga tucandeira.

Para quem não sabe, é considerada uma das picadas de formiga mais doloridas que se conhece.

Existe um ritual de passagem dos índios sateré-mawé, onde o jovem insere a mão numa luva de palha cheia de tucandeiras e deve ser picado centenas de vezes para provar que já é homem.

Pois bem, este ritual, pela sua peculiaridade e sofrimento físico envolvidos, seguidamente é pauta para documentários estrangeiros, onde os apresentadores e narradores, não familiarizados com a língua portuguesa, pronunciam sofrivelmente a palavra "tucandeira", como "tocandira".

Tudo bem, gringo não sabe falar mesmo, mas o pior é que brasileiros, apresentadores e narradores de programas nacionais, começaram a referir-se à feroz formiga da mesma forma dos estrangeiros. Aí virou palhaçada. Todo mundo passou a conhecer a formiga como tocandira.

Hoje, olhando o catálogo de uma loja online de cutelaria, lá estava um modelo produzido por cuteleiro famoso, batizada como Tocandira. Aí não aguentei e resolvi escrever esse desabafo.

Anauê!

domingo, 1 de janeiro de 2017

O conhecimento que falta no GPS

O navegador veicular, popularmente conhecido como GPS, ou Global Positioning System (sistema de posicionamento global) é um dos avanços científicos que mais se popularizaram nos últimos anos.

Aliado à integração com o telefone celular, se tornou uma das tecnologias mais acessíveis que se tem notícia. Praticamente aposentou os mapas de viagem impressos, ou os desenhos que fazíamos a mão quando queríamos indicar a uma pessoa como chegar a um determinado local.

O sistema funciona usando um processador dedicado montado na placa eletrônica do navegador ou do telefone móvel, que se conecta à uma rede de satélites geoestacionários, que, por sua vez, determina a posição do dispositivo na superfície do planeta. Em seguida, esta posição é combinada através de algoritmos com mapas gravados na memória do dispositivo ou de um serviço de navegação online, indicando ao motorista qual caminho seguir.

O sistema ainda pode levar em conta dados como caminho mais curto, mais rápido, por rodovias pavimentadas ou não, com pedágio ou não, com mais ou menos tráfego, entre outros, à escolha do usuário.

Oferece informações acessórias como localização de restaurantes, postos de abastecimento, hotéis, estabelecimentos comerciais, serviços de saúde, segurança, etc. Grava localizações, rotas percorridas, calcula consumo de combustível e muitas outras funções.

Lindo, não!

Pois é. Seria realmente uma maravilha, se levasse também em consideração outros aspectos menos tecnológicos e mais sociológicos, que, em países como o Brasil, influenciam sobremaneira a experiência de navegação por GPS, podendo torná-la mesmo trágica.

Tem sido noticiados ultimamente casos tristes de situações onde os usuários incautos foram direcionados a regiões conflagradas das cidades, eminentemente dominadas por criminosos que não hesitam em atacar veículos estranhos, tomando-os por inimigos ou mesmo policiais, não raro resultando na morte de inocentes.

Na maioria das vezes são turistas, mas há casos de moradores de outras áreas da cidade que foram levados à morte pela tecnologia do GPS. Isso, a tecnologia os ceifou a vida, pois, antes dela, a realidade da violência já existia.

A grande questão é como inserir este fator de risco no algoritmo do GPS sem ser acusado de discriminação social, de racismo ou outras coisas que o valham. Seria muito simples uma pesquisa com base na experiência de outros usuários, que conheçam a região, atribuindo, por exemplo, um código de cores a cada área. Verde, amarelo, vermelho, as cores universais para normal, cuidado e perigo. Só isso poderia ajudar a salvar dezenas de vidas de inocentes que morrem na mão de criminosos.

Mas, conhecendo a natureza pérfida da mídia como conhecemos, logo este sistema seria criticado e taxado de discriminatório, segregacionista, racista, etc. Sempre na defesa de uma sociedade livre de preconceitos, mesmo que a custa da vida de inocentes.

Claro que a questão da segurança pública é obrigação do Estado, mas todos sabemos que estamos falhando nesta missão. Então por que não usar a tecnologia para nos proteger e a nossos entes queridos?

Até quando a demagogia e a hipocrisia vão estar acima da defesa do direito básico à vida? Nossa sociedade está doente, não há cura à vista, mas mesmo assim continuamos achando que tudo compensa em favor da retórica humanista barata.

Convido a todos os usuários deste sistema tecnológico que reflitam a respeito e manifestem suas sugestões aos operadores da tecnologia de GPS, incentivando-os a adotar este sistema de alerta para salvar vidas. Façamos a nossa parte!